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Entre a magia e futurologia? Magia!

por Caio Leony em 30 de Janeiro de 2023 15:45

O primeiro clássico Ba-Vi do ano foi realizado ontem (29). A Arena Fonte Nova recebeu mais de 46 mil tricolores ansiosos para acompanharem a reabilitação do seu time que vinha de duas derrotas, uma para o Sampaio Corrêa, pela Copa do Nordeste, e também o frustrante 1 a 0 contra o Jacobinense, pelo certame Estadual. Já os rubro-negros, não puderam fazer parte, já que a maior festa do futebol baiano se acostumou a ter torcida única pela incompetência do Ministério Público, assim fazendo com que a nação rubro-negra tivesse que acompanhar de longe o time do coração, algo que nunca me acostumarei.

Como todos nós sabemos, a semana que precede o maior clássico do Nordeste é cercado por excessos de previsões originadas pela ansiedade que uma peleja desse tamanho causa nos torcedores. O Vitória começou a temporada se classificando para a fase de grupos da Copa do Nordeste, após jogos eliminatórios contra o Cordino-MA e também o Jacuipense, assim acreditava-se que o time comandado por João Burse iria adquirir confiança e que poderia encontrar o caminho de atuações mais convincentes. Entretanto, isso não aconteceu. Empate com Bahia de Feira, goleada sonora sofrida contra o Itabuna, resultado negativo contra a Juazeirense e a decepção ao tomar um gol no último minuto estreando na Copa do Nordeste contra o Santa Cruz. Burse, muito questionado, mesmo assim mantido no cargo, tinha o Doce Mel para acalmar os ânimos antes do tão sonhado Ba-Vi, e o suspiro veio após golear o frágil time de Ipiaú. O Fato é que no jogo de ontem, como todos nós sabemos, o tricolor foi o vencedor, ganhou por 1 a 0 com um belo gol marcado por Kayky, após lindo passe de Nicolás Acevedo, o melhor em campo na minha visão. O uruguaio estava em todos os setores do campo, um titular que já pode ser cogitado como absoluto no meio-campo tricolor. Porém, o meu foco foi justamente o que o “resultadismo” desperta nas análises. Ontem após Emerson Ricardo de Almeida apitar o final do jogo comecei a ouvir as seguintes frases:

“O time do Bahia é horroroso.”

“Esse time no Brasileiro vai sofrer.”

“O Vitória evoluiu muito!”

“Se Tréllez e Rafinha fizessem os gols, poderia virar goleada!”

“Cicinho é ex-jogador em atividade.”

“Marcos Felipe é irresponsável!”

“Chávez não disse para que veio.”

“Esse jogo de tocar para lá e para cá, não vai dar certo no Bahia.”

“Rafinha não é jogador para a Série B”

Bom, chega, né? Precisamos lembrar que estamos no final do mês de janeiro, em início de temporada, e os atletas de ambas as equipes estão se preparando e, ao que tudo indica, os times da nossa cidade não manterão os times para os principais desafios do ano, os campeonatos nacionais.

A futurologia segue sendo uma característica muito presente no dia a dia do nosso futebol. Infelizmente a ansiedade causa essa insistência em ter análises da temporada inteira sem sequer ela se iniciar com maior número de jogos e assim as análises mais criteriosas são sufocadas. Posso fazer um convite? Vamos viver uma temporada cheia de magia, esqueçam a futurologia.


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