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Falta um bode

por Jota Freitas em 28 de Maio de 2009 00:00

Tem sido uma constante nos jogos do Esporte Clube Bahia, a mudança de resultado no segundo tempo. Aconteceu nas partidas contra Madre de Deus (3x2), Vitória (2x1 e 2x2) e, por ultimo, a derrota para o São Caetano (2x1). Detalhe:  exceto no primeiro jogo da decisão quando começou e terminou perdendo, nos demais o Bahia começou vencendo.

Eis que todos perguntam: porque o time tricolor se encolhe tanto e fica lento no segundo tempo? E não precisa esperar muito pela resposta. Os analistas de plantão, na sua maioria alegam falta de preparo físico. Poderia até ser, porém devo esclarecer que os resultados adversos, pouco ou quase nada têm a ver com a falta de preparo físico, na minha modesta opinião. E o maior exemplo foi o jogo contra o São Caetano, quando aos 9 minutos do primeiro tempo o Bahia fez 1x0 e, logo a partir dos 12, se encolheu dando todo o campo de jogo para o adversário. Não fosse a atuação heróica do goleiro Marcelo, teria sido goleado nos primeiros 45 minutos de jogo.

Descartado o preparo físico, fica a pergunta: então, qual o problema do Bahia? eu respondo: Começa com a falta de opção tática, o burocrático técnico Alexandre Gallo não encontrou até hoje uma postura segura para o time nos jogos dentro e fora de casa. Falta um líder dentro do campo de jogo, para incentivar, ditar ordem e levar seus companheiros a colocar o coração no bico das chuteiras, como sempre aconteceu com o Bahia, time de garra e força. Falta um jogador de qualidade no meio de campo e que queira jogar, não enganar, como tem feito Léo Medeiros. Falta alguém explicar e definir qual a função de Rogério, um verdadeiro pipa tonta, que devido sua pouca criatividade não consegue render defendendo e muito menos criando jogadas de ataque. Falta um finalizador que prenda os zagueiros adversários e faça os gols, porque o Reinaldo é um atacante que não fede e nem cheira. Falta por um fim as improvisações, chega de Marcones e Ávines, colocados em campo na função tapa buracos, rendendo abaixo da média e virando alvo da ira dos torcedores e da crônica esportiva. E por fim, falta diálogo, muito diálogo que melhore o astral do grupo, resgatando o alto estima e vontade de jogar e vencer. Quem sabe assim, todos parem de procurar um bode sem culpa para pagar pelos erros dos outros.

Jota Freitas, radialista, narrador da Itapoan FM.


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