Será que a torcida não tem uma parcela de culpa pela não renovação?

Sim, sabemos que o torcedor é movido por paixão, por jogadores que vestem e honram a camisa do Clube. E jogadores assim se tornam ídolos, mitos e tal. Inclusive, até um Deus...

Mas será que já paramos pra pensar que isso pode hipervalorizar um jogar, será que tamanha idolatria não complica mais a situação na hora da renovação?

Será que colocar como critério de avaliação da uma Diretoria, como competente ou incompetente, um novo contrato com um ídolo, não faz com que esse ídolo e/ou seus representantes façam imposições inaceitáveis ao Clube para renovação do novo vinculo?

Será que os empresários não se aproveitam desse “critério” de avaliação para tentar colocar no clube dois ou três jogadores “meia-boca” (Lembrar do caso Maxi) e, além disso, aumentar o salario do ídolo em 5x ou mais em comparação com o que ele recebia na temporada anterior?

Fico imaginando o dilema em que passa um presidente nessa situação: “Se não renovo, serei tachado de incompetente. Pra renovar, estão me exigindo o que não podemos aceitar...”

E ai, como é que fica?

Eu vi ídolos como Pet, Aristizábal, Tuta, Arthur, Cláudio, Fernando, Viáfara, Fábio Costa, Jean, Nádson, Bebeto, Alex Alves (in memorian) e tantos outros que passaram pelo Vitória, fizeram seu papel e seguiram suas vidas. Assim como o Vitória não morreu por causa disso, pelo contrário: Se tornou ainda mais forte.

Acho que temos que agradecer muito a Escudero, jogador de técnica refinada e que honrou, e muito a camisa do nosso time.

Porem, o que fica é o Vitória, é a agremiação. Tenho certeza que, em breve, outro “deus” virá para preencher a lacuna que foi criada.

O que importa é um Vitória forte ontem, hoje e amanhã!

Coinho Fonseca

Rubro Negro.