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A realidade

por Edson Almeida* em 22 de Abril de 2014 09:13

Vamos ser práticos? O Vitória teve o mérito de escapar de uma goleada do Internacional e o Bahia de dar a impressão de um jogo igual contra o time reserva do Cruzeiro. Um perdeu de 1x0, jogando fora de seus domínios, e o outro, de 2x1, na sua própria casa, a Fonte Nova. Mostramos, no cartão de visita de uma primeira rodada, o que realmente somos.

Até que os torcedores rubro-negros, da arquibancada e da imprensa, fizeram a leitura mais ou menos realista do primeiro jogo do Leão: um primeiro tempo com uma única bola chutada para o gol de Dida, sem qualquer agudeza, e uma etapa final de muita luta, mas sem qualquer tipo de criatividade que pudesse empolgar.

Já a atuação do Bahia foi envolvida pela habitual máscara grandeza: que jogou como time de ponta, que quase ganha, mas só perdeu no detalhe, na bola parada. Até foi massificado, para disfarçar a decepção de perder para um time reserva, que foi contra uma equipe “alternativa”, enaltecendo-se a categoria do grupo de jogadores do campeão brasileiro. Mas isso, ao pé da letra, serviu apenas para mostrar quanto o nosso Tricolor está distante de ser uma grande equipe, capacitada a disputar os primeiros lugares.

Não é hora ainda de se espalhar terrorismo, nem de se jogar a toalha, achando que o caminho é a segunda divisão, mas o primeiro teste fortaleceu o sentimento de que os dois times baianos precisam de bons reforços. O Campeonato Baiano já expôs as fragilidades rubro-negras, mas encobriu as deficiências tricolores, diante de uma superioridade surpreendente nos jogos decisivos. Dois primeiros tempos de inquestionável supremacia, por isso a conquista do título. Mas até as semifinais, o time de Marquinhos Santos até mostrava-se com maiores carências.

O Bahia tem ainda problemas na defesa, não é um time equilibrado, porque suas últimas vitórias foram conseguidas quando dois jogadores – Talisca e Rhayner – fizeram a diferença. Precisa de um goleador nato, pois falta referência no ataque. O Vitória, além da instabilidade defensiva, seu meio-campo é confuso, de pouco municiamento para os atacantes, fatos que Ney Franco não tem conseguido resolver com o material disponível.

Dois aspectos negativos na Fonte Nova: a atitude de um torcedor, que jogou uma garrafa de água no gramado, podendo representar punição para o Bahia e o fraco público que pagou ingressos, 9.300 pessoas, muito pouco para um jogo de tanta apelação, entre os campeões baiano e mineiro, sendo que o Cruzeiro ainda trouxe a marca da exuberante conquista nacional de 2013. Nem feriado nem recente grave da PM podem justificar uma platéia tão pequena, pois eram esperados mais de 25.000 torcedores.

Nas duas próximas rodadas, o Bahia pega dois perdedores da estréia, Figueirense e Botafogo/RJ e o Vitória dois ganhadores, Atlético/PR e Fluminense/RJ.

*Edson Almeida é comentarista esportivo do Galáticos na Itapoan FM

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