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O limite do futebol baiano

por Tarso Duarte em 21 de Outubro de 2014 13:32


Os anos de 2013 e 2014 representam o ponto alto do futebol baiano nos últimos 10 anos. A última vez que Bahia e Vitória haviam disputado a primeira divisão juntos foi em 2003, ano em que o tricolor foi rebaixado e só voltou para elite em 2011. O Leão, assim como o rival, chegou a disputar a 3ª divisão, mas logo voltou a cair, e parece não demoram a sofrer um novo rebaixamento.
 
Nosso melhor momento na última década, no entanto, é vergonhoso. Bahia e Vitória têm torcidas apaixonadas que comparecem aos estádios em grande número, mas estão muito, mas muito atrás de equipes de outros estados, que possuem apenas dois grandes times, como Grêmio, Internacional, Cruzeiro e Atlético-MG, por exemplo...
 
Ao que parece, os dirigentes só trabalham ‘pra valer’ quando seus times estão da Série B para baixo (e olhe lá). Afinal, em um ano que tricolores e rubro-negros só acumularam vexames (Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Sulamericana), tirando o título estadual do Esquadrão, que para os dois não passa de obrigação, pouco foi feito até o mês de novembro (!) para que a situação fosse diferente, com os dois lados sonhando apenas em permanecer na elite.
 
O Campeonato Baiano é um dos grandes responsáveis por vender ilusões aos torcedores. Começa pelo fato de Bahia e Vitória não investirem pesado já que os adversários estão em um nível que beira o amadorismo.
 
Ao final do estadual, os reforços ‘de peso’ chegam. Do interior de São Paulo, porque outros grandes não quiseram. Um ciclo que é realidade desde que comecei a acompanhar o nosso futebol. Ciclo esse que não tem data para acabar.

O resultado é que em partidas contra outros grandes os baianos só podem se defender e arriscar atacar poucas vezes. Afinal o adversário vem entrosado e com qualidade. A dupla BaVi vai sem entrosamento e com muitos volantes para não levar gol.
 
No Bahia, a nova direção chegou falando em mudar as práticas do passado, mas os salários de atletas estão atrasados, mesmo depois da venda de Talisca, que rendeu R$ 7 milhões. E o camisa 10 de peso prometido no início da temporada não passou de uma ilusão vendida para os torcedores. O time até mostrou equilíbrio na defesa, mas no ataque... No ataque tem Henrique.
 
Já no Vitória, a desculpa no início do ano eram as obras no Barradão, ‘maior atacante do clube’. Mas o time que foi 5º colocado no ano passado só decepciona e nem quando sai de campo com os três pontos passa confiança. Em matéria de contratações, zagueiros como Ferrari e Dão chegaram ao Barradão para quê exatamente?

Em 2014, os dois clubes só não estão rebaixados desde já porque o nível do futebol brasileiro é ridículo. Do 14º até o 20º colocado no Brasileirão o nível é o mesmo, sofrível. Bahia e Vitória estão no mesmo patamar que Chapecoense e Criciúma e abaixo do Figueirense.
 
Nosso limite é esse, chegar na primeira divisão e brigar para não cair.
 
Se o time estiver disputando outra competição, equipe reserva neles.
 
Para não dizer que nada foi feito: promoção no valor dos ingressos ao final do ano.
 
Às vezes é até melhor cair, ano que vem dirigente consegue o acesso e vira herói.


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