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Tudo ou nada

por Edson Almeida em 19 de Maio de 2014 17:48

O Vitória dá a impressão de estar no fundo de sua depressão. É tudo ou nada, não adianta só deixar a impressão de que poderia ter vencido, porque isso aumenta o martírio de sua torcida e a incerteza do próprio time de poder reencontrar os verdadeiros caminhos do triunfo.

Sejamos coerentes: no primeiro tempo contra o Palmeiras, ficou a imagem de só precisava ajustar a forma de atacar, pois até que a troca de passes entre defesa e meio-campo não era tão desarticulada como anteriormente, quando jogava com medo, batendo recorde de passes errados.

Quando levou o gol palmeirense, as coisas nem haviam se assentado na etapa complementar, mas as fragilidades começaram novamente a ser expostas com grande realce: muitos chutes da defesa pelas laterais, transição sempre morosa, ataques e chances quebradas pela precipitação ou por duas ou três grandes defesas do goleiro adversário, o Fábio.

A realidade, então, se multiplicou em fragmentos de ineficácia: que o técnico interino, Carlos Amadeu, recheara muito o time de garotos, muitos deles ainda sem experiência para enfrentar os rigores reservados para quem busca a reabilitação; a qualidade técnica incipiente diante de tantos obstáculos a enfrentar; a falta de confiança da torcida ao presidente que insiste em suas convicções de manter uma política financeira saudável, sobrepondo-se à necessidade de contratações de impacto para reacender a chama praticamente apagada.

O pior de tudo é que todos os bons reforços estão empregados e, para completar a angústia, um dos melhores valores da Toca, o meia Marquinhos, abre o verbo e se despede, porque já decidiu com o seu procurador que não fica mais e que já tem para onde ir.

E mais: antes do intervalo para os jogos da Copa do Mundo, o Vitória tem que enfrentar o Atlético/MG e o Sport/PE, em Feira, que passa a ser seu mando de campo, o Botafogo/RJ e o Goiás, na casa do adversário. E se não fizer pelo menos uns seis pontos nestes 12 que ainda disputa, poderá torcer pela Seleção Brasileira no perigoso grupo da degola, atualmente ocupado pelos três catarinenses Figueirense, Chapecó e Criciúma e pelo paranaense Coritiba, este um time com amplas possibilidades de recuperação.

É desolador olhar a tabua de classificação e constatar que o Vitória está a cinco pontos do G-4 e apenas um ponto na frente da zona de rebaixamento. Triste e preocupante.


Edson Almeida* é comentarista esportivo do Galáticos na Itapoan FM

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