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Mutirão

por Edson Almeida em 16 de Maio de 2014 16:21

A torcida do Vitória tem que assumir que neste momento o que o seu clube mais precisa é de compreensão, ajuda e força positiva. A crítica é muito válida, mas não de forma sistemática, odiosa e que denigre imagem de dirigentes e profissionais.

Com técnico interino (Carlos Amadeu) e um time ainda muito desfalcado e recheado de garotos da base, os torcedores terão que apoiar, comparecendo a Pituaçu neste importante jogo com o Palmeiras ou até mesmo fazendo sua corrente positiva. Vitória já se saiu de situações mais difíceis do que a em que se encontra – e se ganhar vai brigar pelos primeiros lugares do Brasileiro.

O grande problema é que o rival atravessa um dos seus melhores momentos nesta década, que até bem pouco era comandada pelo Vitória. Isso dói, deixa o torcedor apaixonado de enxaqueca e titela quebrada, precisando de chá de boldo para combater o amargo e compresso para aliviar as dores de cicatrizes formadas por gozações e escárnios da falange contrária.

Neste momento quem paga o pato é o presidente que, conforme dizem os insatisfeitos, deveria ter contratado jogadores de peso. Mas foi praticamente este mesmo grupo que levou o Vitória a uma brilhante campanha no último turno de Brasileiro. Agora, só não conta com Kadu, Victor Ramos e Biancucchi, que bateram em retirada, e Escudero, seriamente lesionado. Só que os contratados para substituí-los não deram a resposta esperada e outros titulares, a exemplo de Dinei e Cáceres, também estão na enfermaria.

Mas futebol de clube intermediário é assim: de repente, contratam-se jogadores, muda-se de técnico e tudo começa a fluir, sem precisar gastar fortunas. Outras vezes, investem-se os olhos da cara, criam-se dívidas impagáveis, e nenhum fruto é obtido.

É mais do que certo que o novo presidente do Vitória, Carlos Falcão, a quem não se pode negar responsabilidade, sabe que é preciso corrigir desníveis. Mas sem ameaças nem xingamentos, como alguns torcedores insistem em fazer através da mídia.

Contratar jogadores de impacto, que cheguem para ser recebidos no aeroporto pela galera e ganhe logo no primeiro treinamento a camisa de titular, só mesmo contando com a sorte. Agora mesmo, um rubro-negro que estuda em Kiev, capital da Ucrânia, recomenda a contratação de Wellington Nem, aquele baixotinho bom de bola revelado no Fluminense, transferido em 2012 para o Shakthar Donetsk, informando que o atacante, ainda com 22 anos, estaria querendo voltar ao Brasil para fugir da guerra. Só que se esqueceu que o seu time só o empresta por 2 milhões de euros (passe fixado em 12 milhões de euros) e seu salário atual é de R$ 1,1 milhão... nem deveria ter lembrado!

Então, para simplificar, não será a maluquice de contratar Vanderley Luxemburgo, que não vem por menos de R$ 600 mil, nem se endividar com a busca de jogadores caríssimos que o Vitória vai se recuperar...

Tem, sim, que tomar prumo dentro de sua realidade. Torcida e dirigentes. Fazendo um verdadeiro mutirão para reencontrar o caminho perdido. Reforços sadios, que estejam em atividade e de bom nível, sem salários exagerados, técnico dentro do perfil de um clube que não prometa a conquista da Libertadores, mas que esteja sempre longe da segunda divisão.

Porque mais desmoralizante é se meter a gigante e, no final, ficar fazendo cálculos para não cair e empurrando compromissos financeiros com a barriga. O Bahia está bem no Brasileiro, sete pontos em 12 disputados, mais de 50% de aproveitamento, na cola do G-4. Folga neste final de semana, graças à greve da PM de Pernambuco, que provocou o adiamento de sua partida com o Sport/PE. O Tricolor vem de ótimo resultado contra o América/MG, pela Copa Brasil, e nesta competição já estão programados para depois da Copa do Mundo, grandes espetáculos de mata-mata contra o Corinthians.

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