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Triste planejamento do futebol baiano

por Tarso Duarte em 16 de Janeiro de 2015 10:19

Desculpem a frase batida, mas o futebol baiano é realmente triste. Mesmo contando com duas torcidas apaixonadas, que marcam presença nos estádios, os dirigentes de Bahia e Vitória parecem não se esforçar ao máximo para que nossos gigantes cheguem a um patamar diferente do atual: se estão na primeira divisão, é só de passagem.
 
Enquanto os 12 maiores clubes do país (Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Internacional, Grêmio, Cruzeiro e Atlético Mineiro) se reforçam, negociam, limpam a folha salarial, enfim, pensam na formação de um time forte e equilibrado, a dupla BaVi parece combinar um com o outro de não se movimentar até o fim do Campeonato Baiano.
 
Depois do rebaixamento anunciado desde o início do Brasileirão de 2014, os dois clubes trataram de tentar dar uma resposta mexendo com os corações dos torcedores: Neto Baiano e Jael. E só.
 
A situação do Vitória é a mais vergonhosa. Uma equipe que só acumulou vexames no ano passado e só deu tristezas ao torcedor, não dá sinais de reação, e quer apostar em Jorge Wágner, um jogador prestes a se aposentar em um ano que vai ter uma Série B complicada, recheada de candidatos a uma das quatro vagas de acesso para a elite.
 
Se a Série B começasse hoje, digo sem sombra de dúvidas que o time rubro-negro que aí está seria forte candidato ao rebaixamento.
 
O Bahia ainda merece mais cautela no julgamento. Mesmo tendo um presidente novo, já está mais preparado que o rival, e mais antenado ao mercado. Fez duas contratações de bom nível, Williams Santana e Tchô, que estiveram bem no ano passado e conhecem a Série B, mas o caso Jael já nos deixa com um pé atrás.
 
Um clube grande não pode perder uma contratação para o Joinville, com todo o respeito aos catarinenses. Desde o início se sabia que o JEC ainda queria Jael, e a negociação deveria ter sido resolvida rapidamente, com um investimento maior que o proposto. Se a intenção era mesmo trazer o ‘Cruel’ de volta, com o atacante jurando amores ao tricolor, não deveriam ter dado chance para o Joinville entrar na jogada.
 
O planejamento no nosso futebol parece não existir, e isso reflete até no Campeonato Brasileiro. De novo, com todo o respeito aos catarinenses, não tem como aceitar que eles tenham quatro representantes na Série A, mostrando bons trabalhos nas competições, enquanto nós temos que aguentar um Juan vestindo a camisa 10 do Vitória e um Henrique jogando como titular no ataque do Bahia. Parece até piada.
 
Ao que tudo indica nós conseguimos nos livrar dos dirigentes que só queriam enriquecer
às custas dos clubes, mas já chegou a hora de nosso futebol dar mais um passo, por que temos condições, com trabalho sério, de rivalizar com os gigantes. No momento, não passamos de um futebol amador, em comparação ao lugar onde deveríamos estar. 

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