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Diferenças

por Edson Almeida em 07 de Abril de 2014 16:58

Equação fácil de ser explicada: o Bahia tem no momento um grupo compacto, cada um consciente do seu espaço, de visão aguçada sobre a colocação de seus companheiros; o Vitória erra muito na saída de bola, é confuso quando se defende, vacila em lances primários.
 
O sistema de transição do Bahia flui bem e há um constante revezamento, o do Vitória é amarrado, não há uma definição de quem bloqueia e de quem encaminha as jogadas. O Bahia tem entrado com o tal atacante de referência, mas há um constante revezamento, o Vitória se vale deste requisito, mas de forma equivocada, pois, se não há municiamento, o atacante de vanguarda se torna inútil.  
 
Em termos muito práticos, o Bahia tem “liga”, o Vitória corre desesperado em campo o tempo todo sem encontrar os seus objetivos técnicos e táticos. O treinador Marquinhos Santos tem sido feliz nas substituições, Ney Franco passa por uma fase de desacertos com os seus próprios conceitos, como demonstrou neste último clássico, entrando com Juan na meia, Mansur na lateral, depois buscando a solução com Juan na lateral e mais tarde, diante de tantas dificuldades, voltando Juan para a meia. Então, o Bahia é decidido, o Vitória confuso. Chama-se a isso “erro de precisão”. 
 
Essas coisas são próprias de um futebol onde só há dois grandes times e um clássico tradicional. Ano passado, embora com técnicos diferentes, a história esteve invertida, tanto que o Vitória aplicou solenes goleadas e foi campeão com méritos inquestionáveis. O Bahia está dando o troco.
 
Depois do 2x0 desta primeira partida, a pergunta é se a situação pode ser invertida. Pode, sim. Mas do jeito que o quadro tem se desenhado, o Bahia está com o título praticamente conquistado, porque vai ser necessário que o Vitória jogue tudo que ainda não jogou contra o seu rival nesta temporada. E que o rival decresça o seu rendimento...
 
Porque a grande diferença é que o Bahia parece um time inteiro na sua mais significativa expressão, o Vitória um grupo esfacelado, precisando ser remendado não apenas na reposição de peças, mas no conceito de seu treinador e no astral de seus jogadores. 
O Bahia tem moral elevada, o Vitória está em completa depressão. O Bahia tem gente jogando um futebol de boa qualidade, o Vitória gente que se debate em campo para reencontrar a sua verdadeira identidade.
 
A taça já está sendo transportada para os de Itinga e os de Canabrava terão que se reorganizar para a próximo título. Mas é bom lembrar que o Brasileiro e a Copa do Brasil são competições, ainda neste ano, em que os dois precisam estar fortes e bem definidos.

Edson Almeida* é colunista esportivo do Galáticos na Itapoan FM

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