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Devolva meus baianos!

por Edmilson Ferreira em 06 de Maio de 2009 19:08

Vai começar mais um Brasileirão e, infelizmente, os dois times baianos estão divididos: um na Série A, o Vitória, e outro na Série B, o Bahia. Como seria bom para o segmento esportivo do Estado se os dois tivessem juntos na elite. Tivemos quatro Ba-Vis emocionantes este ano pelo Baianão. 

Teríamos a oportunidade de ver novos embates entre rubro-negros e tricolores, desta vez valendo pontos pelo Nacional. Mas, a verdade é outra. No ano passado, o Leão começou a primeira divisão perdendo, mas no decorrer do turno mostrou suas garras e chegou a estar entre os quatro primeiros que disputariam a Libertadores da América. No returno, entretanto, o felino da Toca caiu de produção e só não perdeu a vaga na Sul-Americana porque teve banha para fritar.
Na Série B, o tricolor sequer teve a oportunidade de figurar entre os quatro que garantiriam acesso à Série A. Teve bons momentos, como no triunfo por 1 a 0 sobre o campeão Corinthians, em pleno Pacaembu. 

Mas envergonhou sua imensa e fanática torcida ao sofrer goleadas impiedosas. Resultado: ficou ali no meio da turma do nem fede, nem cheira. E agora, torcedor? O que podemos esperar das duas maiores forças do nosso futebol? A torcida do Vitória, que cresce a cada ano devido à hegemonia estadual, espera ansiosa por um título nacional. A política de pés no chão de sua diretoria é louvável, mas impede que o clube traga jogadores diferenciados, como fez o Sport em 2008 para conquistar a Copa do Brasil. É preciso ousar um pouco para ser forte suficientemente na busca de um lugar entre os grandes do futebol nacional. Fora da Primeira Divisão desde 2003, o Bahia conheceu o fundo do poço e há oito anos seus torcedores estão com o grito de campeão entalado na garganta. Logo ele, o tricolor, que na década de 70 soltou este brado sete vezes seguidas e, em 1988, exultou com a conquista do Campeonato Brasileiro. Sua diretoria foi modificada e numa prova de que vale tudo para voltar ao trilho da vitória, contratou o ex-presidente do maior rival. 

Um bom grupo foi montado por ele, mas não o suficiente para desbancar seu principal adversário. Jogadores de qualidade duvidosa continuam aportando no Fazendão. Às vezes é melhor contratar pouco e bem, do que trazer um monte de refugos que garantem a "feira" de empresários inescrupulosos. No Brasileirão atual, com pontos corridos, a regularidade é que importa. A imprevisibilidade de um mata-mata não existe. Vence quem tem mais competência.

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