O Vitória estreará uma nova formação nesta sexta-feira (28), contra o Fluminense, no Maracanã. Nesta quinta (27), o técnico Argel Fucks confirmou o time com as mudanças que testou durante a semana.

O treinador justificou o porque da escalação com Fernando Miguel; Diego Renan, Kanu, Victor Ramos e Euller; Amaral, Willian Farias, Marcelo e Cárdenas; Marinho e Kieza.

"Quando o time não vem ganhando, você precisa mudar. E a gente tem dado oportunidades a todos os jogadores. Nós temos colocado o Serginho em algum momento. Demos a oportunidade dele começar o jogo contra o Cruzeiro. Demos oportunidades a Cárdenas, Tiago Real. Na defesa, demos oportunidades ao Ramon, ao Victor Ramos, Kanu. Então, qualquer modificação que a gente faz na equipe, é a performance que vai manter ele no time ou não. Então a gente dá oportunidade. Não é novidade nenhuma o Diego Renan jogar na lateral direita. Ele não está improvisado. O Diego Renan joga tanto na direita quanto na esquerda. Ele é destro. Tanto é que fez um campeonato inteiro pelo Vasco de lateral-direito. Mas o que a gente está pensando nesse momento é colocar um time mais cascudo, mais experiente, um time mais rodado. Claro que também respeitando a questão de merecimento e oportunidade. E é normal dentro do futebol. A equipe que não vem bem, que não vem ganhando jogos, é normal você mudar. E os jogadores têm assimilado. O que define a equipe titular é o aproveitamento individual de cada atleta. E, claro, que a parte coletiva também é importante. Então o time que começou hoje é o time que sai jogando", disse.

O comandante defendeu a opção por três volantes e citou exemplos de outras equipes que utilizam a formação. "O próprio Fluminense joga assim. Jogaram com dois atacantes em Curitiba, com Scarpa no meio, juntamente com os três volantes: Pierre, Douglas e Cícero. O próprio Cruzeiro veio jogar aqui com a gente com dois atacantes, e o próprio Arrascaeta fazendo o papel do Cárdenas. A gente mudou um pouquinho a nossa forma de jogar em virtude das suspensões e da própria performance dos jogadores. Você tem que mudar o sistema quando ele não está dando certo. Você tem que recorrer a outro sistema, até para buscar o encaixe nessa partida importante que a gente tem".

Argel também tranquilizou a torcida quanto à força ofensiva do time. "No jogo passado, o Willian Farias cabeceou uma bola que poderia ser gol. No meio da área, fez um cabeceio maravilhoso, e o goleiro fez uma defesa maravilhosa. O Marcelo sai bem de trás. Fez um gol contra o América-MG, de fora da área, contra a Chapecoense. É um jogador que tem essa saída, e a gente dá essa liberdade. Esse sistema favorece muito, principalmente o Cárdenas, o Kieza e o Marinho, que são os três jogadores de frente que a gente tem. O Cárdenas vai jogar pelo lado esquerdo, pelo meio. Quando a gente tiver sem a bola, ele vai jogar pelo lado esquerdo. Quando tiver com a bola, ele vai jogar pelo meio. E a gente vê todas as equipes jogando dessa forma. Ontem [quarta-feira], o Atlético-MG jogou dessa forma contra o Internacional. O Grêmio tem jogado assim, o Fluminense, o Cruzeiro. Então você tem que buscar alguma opção e não ficar preso no sistema. Jogamos no 4-2-3-1, no 4-3-3 e agora no 4-4-2. Então você tem que achar alternativas para voltar a vencer".

Por fim, o técnico abordou a polêmica dos pênaltis anunciou e confirmou um novo batedor oficial. "Quem bate, a princípio, é Marinho. É treinamento. Pênalti é muito momento. A gente tem treinado. Ninguém erra pênalti de sacanagem. Melhor coisa do mundo para o atacante é ter pênalti para bater. Só que os goleiros têm estudado muito os cobradores, se adiantado. Por exemplo, no pênalti aqui do Cruzeiro, não tirando o mérito do goleiro deles, o Rafael, ele adiantou bastante. E juiz nenhum vai mandar voltar, em lugar nenhum. Os goleiros têm trabalhado muito, observado a maioria dos batedores, se adiantado. E os juízes não têm mandando voltar. E o pênalti é do momento. Vários jogadores treinaram hoje. E não só pênalti: bola parada defensiva e ofensiva. Pegamos Diego Renan e Marinho para bater falta. A gente tem feito tudo. Agora, a falta, o pênalti, é muito momento do jogador. O que a gente pode fazer é passar treinamento, confiança, para ele ir lá e fazer o seu melhor".

Foto: Francisco Galvão / EC Vitória