Em entrevista bombástica nesta quinta-feira (26), Ávine contou detalhes da crise que viveu o Bahia na Série B. O lateral-esquerdo, entre as revelações, afirmou que o nome de Charles foi reprovado por boa parte do elenco, mas bancado pelo presidente Marcelo Sant'Ana após a demissão de Sérgio Soares.
 
Mas, em entrevista coletiva, Gustavo garantiu não ter feito parte do grupo a que se referiu Ávine. O zagueiro destacou que defendeu o nome do então auxiliar.
 
"Sou uma pessoa bem esclarecida nas minhas opiniões e atitudes. Em relação à permanência do Charles no comando quando Sérgio Soares saiu, muitos aprovaram, imprensa, torcedor. Teve uma aprovação muito grande, de 87%. No meu modo de ver, era a pessoa mais viável de dar seguimento nos jogos finais", disse.
 
O defensor ratificou que não discutiu o nome de Charles com nenhum outro companheiro. "Essa conversa que teve entre jogadores eu não participei. Se teve, não estou sabendo. Mas, a pessoa mais viável era o Charles. No dia a dia, com o seu trabalho, ele já conhecia o elenco. Lógico que, às vezes, você não agrada a todos. Tentou, na medida do possível, fazer o seu melhor. Infelizmente, quando a gente não consegue as coisas, o objetivo, as cobranças, todos, não só Charles, Sérgio, mas todos os jogadores têm sua parcela de culpa, todos estavam envolvidos num projeto, que era subir o Bahia. E, nas horas cruciais da competição, a gente não foi feliz. Todos têm sua parcela de culpa", completou.
 
Gustavo ainda opinou sobre o que o Esquadrão precisa para terminar o ano melhor em 2016. "É saber onde errou, aquilo em que precisa melhorar na montagem do elenco. Precisamos realmente de jogadores comprometidos, que se entregam no dia a dia, para fazer de 2016 um ano forte, um ano de conquista. Sabemos que o semestre vai ser de muita cobrança. Mas temos que ter tranquilidade, firmeza no trabalho no dia a dia. Semana passada, dei uma entrevista elogiando a diretoria, e afirmo isso. A diretoria vem fazendo um trabalho de estrutura, que é o principal para o atleta, em termos de campo, vestiário e isso é importante. Com estrutura, você pode cobrar os seus atletas. Na parte administrativa, você está em dia. Isso há muito tempo não acontecia no Bahia. A gente conversa com outros jogadores. Então acaba até um ano positivo nessa parte, nesses pontos. Temos que ver não apenas as coisas ruins", concluiu. 

Foto: Divulgação / EC Bahia