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Delatores afirmam ter patrocinado Stock Car para lavar dinheiro

Autor(a): Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews) em 25 de Julho de 2016 16:37

Delatores da Operação Lava Jato afirmam ter usado contratos de patrocínio da Stock Car, principal categoria do automobilismo nacional, para lavar dinheiro que seria usado para pagar propina no âmbito da Petrobras, de acordo com informações da Folha.   

Segundo as delações, o caminho do dinheiro passava por Adir Assad, empresário já condenado na Lava Jato e alvo de três operações da PF no último mês. Ele era proprietário de uma empresa de marketing com atuação na categoria e também o principal parceiro de uma escuderia em uma divisão de acesso da modalidade.

Segundo Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC e delator desde 2015, uma das maneiras de justificar o dinheiro usado para pagar propina era superfaturar os valores de patrocínio intermediados pela empresa Rock Star, de Assad. O volume excedente pago à empresa era "devolvido" e usado para pagamentos ilegais de ex-diretores da estatal e políticos. "O valor combinado era entregue em espécie por algum emissário de Adir Assad", disse Pessoa em seu acordo de delação, de acordo com a transcrição.

Ricardo Pernambuco, também delator e sócio da Carioca Engenharia, afirmou que obtinha dinheiro em espécie para pagamentos por meio de contratos simulados com Assad. Durante desdobramentos da operação, foram anexados aos autos notas fiscais de pagamentos do grupo Schahin, que possui banco e construtora, para a Rock Star. Nessas notas, que somam valores de R$ 3,5 milhões, a justificativa de pagamento era patrocínio para a J.Star Racing, equipe associada a Assad que competia na categoria Copa Montana. O responsável pela escuderia é Murillo Macedo. Um outro patrocinador do time de corrida era o Trendbank, que administrava fundos de pensão e que foi investigado em CPI neste ano por prejuízos na gestão de recursos de funcionários da Petrobras e dos Correios.

De acordo com a Folha, uma quebra de sigilo da Rock Star na Lava Jato mostrou que o banco foi o maior financiador da firma de Assad, com R$ 28 milhões pagos entre 2007 e 2013, o equivalente a 13% de tudo que a empresa recebeu desde a sua fundação.  Ao jornal, o empresário Adir Assad sustenta que está desligado da firma Rock Star desde 2007 e nega que tenha operado propina. Preso na Lava Jato em 2015, ele conseguiu ir para a prisão domiciliar por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). O empresário voltou a ser detido em junho, mas novamente foi mandado para a detenção domiciliar.

Procurado, o grupo Schahin disse apenas que está prestando todos os esclarecimentos às autoridades. O Trendbank, que administra fundos de pensão, não foi localizado. A Tomé diz que declara "total inocência tem relação aos fatos a ela" imputados.


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