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Programação cultural para Jogos Olímpicos valoriza diversidade brasileira

Autor(a): Agência Brasil em 06 de Maio de 2016 02:08

A valorização da diversidade cultural por meio de manifestações das diversas linguagens artísticas, que incluem música, dança, teatro, artes visuais, circo, entre outras, é a tônica do Programa de Cultura nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, lançado hoje (4) na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, pelo Ministério da Cultura (MinC).

Serão dois mil espetáculos e atividades gratuitos que ocorrerão em 80 locais, envolvendo cerca de dez mil artistas de todos os estados. O programa é uma iniciativa do Ministério da Cultura, com apoio do Comitê Rio 2016 e da Autoridade Pública Olímpica (APO).

Presidente da Autoridade Pública Olímpica, Marcelo Pedroso disse que o programa de cultura construído pelo MinC objetiva ter a cultura como elemento estratégico de posicionamento do Brasil, no momento em que o país sedia os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

Pedroso lembrou a importância de continuidade desse programa e da unidade de trabalho,”porque ela vai garantir que o planejado será executado. Mostra também a riqueza e a diversidade culturais que é a produção do nosso povo. E, sem dúvida, nosso povo é nossa maior riqueza”.

Para o ministro da Cultura, Juca Ferreira, o momento era de alegria. “O trabalho coletivo tem de ser valorizado, porque o Brasil está em um momento de questionamento de tudo. Acho que essa coisa individualizada, essa disputa autofágica que a gente reproduz na esfera pública é muito ruim”.

Segundo ele, a Olimpíada vai mobilizar cerca de cinco bilhões de espectadores em todo o mundo e trará para o Rio de Janeiro mais de um milhão de pessoas. “Essa programação vai dar uma cara, uma força, um reforço para a Olimpíada em dimensões inimagináveis. Isso fica como afirmação do Brasil”.

De acordo com o ministro do Esporte, Ricardo Leyser, o programa é consistente. Destacou que, embora os jogos envolvam disputas esportivas, eles têm “um pilar muito forte na cultura e uma ideia muito forte de mostrar o país”. Lembrou que o Brasil, ao contrário do que ocorre no mundo, tem uma agenda forte e moderna de tolerância, de diversidade cultural e religiosa, de inclusão, da construção de um país com pessoas de várias origens e recortes. “E nada melhor que os Jogos Olímpicos para mostrarmos esse nosso ideal civilizatório”. Acrescentou que “o nosso programa cultural aponta com muita clareza nesse sentido”.

O palco principal da programação será a Fundição Progresso, na Lapa, enquanto os grandes shows, para públicos maiores, ocorrerão em um palco externo montado nos Arcos da Lapa. Haverá atividades também em vários bairros da cidade, além da região metropolitana, cidades do futebol, onde ocorrerão partidas do futebol olímpico, e cidades do revezamento da tocha olímpica. 

A programação inclui diversos festivais, como o de Culturas Indígenas, em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai), que reunirá na capital fluminense índios de várias etnias brasileiras para divulgação de atividades esportivas e culturais, e o Festival de Cultura Popular, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), com apresentações de grupos de manifestações populares de rua em vários locais do Rio de Janeiro, Niterói, Baixada Fluminense e arenas de competição dos jogos.

Durante a Olimpíada e a Paralimpíada, o ministério levará à capital fluminense estruturas completas de grandes festas de rua do Brasil. “A ideia é aproveitar a vocação do Rio de Janeiro para festa. Isso também é parte de nossa cultura e precisa ser valorizado nesse conjunto de atividades”, disse o coordenador do Comitê Executivo de Jogos Olímpicos e Paralímpicos do MinC, Adriano De Angelis. De Angelis informou que os dois eventos são uma oportunidade de mostrar para o mundo os carnavais brasileiros, em especial os de rua, de maneira efervescente.

Haverá uma edição especial da Bienal de Música Brasileira Contemporânea, com espetáculos de música de câmara, orquestra e ópera selecionados pela Fundação Nacional de Artes (Funarte). “Será uma ação de grande impacto também, mostrando que o Brasil tem do funk à orquestra sinfônica, sempre de qualidade”, destacou o coordenador. O programa prevê montagem de espetáculos cênicos de grandes companhias em equipamentos públicos, além de música eletrônica, com seleção de 27 Djs, sendo um por estado, para discotecagem na praia.

Na Virada Cultural Palmares da Cultura Afro-brasileira serão feitas ações de cultura contemporânea de periferia, englobando funk, o passinho e o grafite. Um dos pontos altos da programação é o Piano no Arpoador, que oferecerá ao público concertos de pianistas brasileiros em um palco montado sobre a Pedra do Arpoador, em Ipanema, zona sul da cidade. Toda a programação estará disponível para consulta no aplicativo colaborativo Culturi.

O coordenador lembrou ainda que na Casa Brasil, espaço de promoção do país instalado na zona portuária do Rio de Janeiro, o governo federal tem por objetivo fortalecer a imagem do Brasil como destino cultural, turístico, esportivo e de negócios.

O diretor de Comunicação do Comitê Rio 2016, Mário Andrada, acrescentou que um dos compromissos dos jogos é ter a cultura como anfitriã do país e da festa. “No comitê, a gente entende a cultura no seu aspecto mais amplo. A gente aprende muito com a cultura”, afirmou.

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