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Rio Preto aposta em “carreta furacão” para conquistar o Brasileiro Feminino

Autor(a): Agência Brasil em 04 de Maio de 2016 04:00

Se na primeira fase do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino o Rio Preto deu alguns sustos, na segunda fase o time sobrou. Em seis jogos disputados, o time venceu cinco, empatou apenas um e garantiu a classificação por antecipação. O segredo do sucesso até o momento, de acordo com a direção do time, é o entrosamento da equipe, praticamente a mesma que levou o título brasileiro à cidade de São José do Rio Preto (interior de São Paulo).
 
De acordo com a fundadora, presidente e auxiliar técnica do time, Doroteia Inojo, a equipe já está acostumada a jogar junto. “Da equipe do ano passado, a gente trocou, no máximo, duas peças. Tanto que quando a gente dá uma mexida já embanana tudo como no primeiro tempo contra a Ferroviária [o Rio Preto perdia por 1 a 0, mas virou o jogo na segunda etapa]”, aponta.
 
Com o time entrosado, o Rio Preto aposta em um jogo de defesa forte e muita correria no ataque. Em dez jogos, o time tomou apenas cinco gols. No setor defensivo, se tiver que dar chutão, não há problema algum. Já no ataque, a velocidade dá o tom. No melhor estilo “carreta furacão” [grupo que faz apresentações misturando dança e parkour], o ataque confunde as adversárias e marca muitos gols. Ao todo, já foram 24 no campeonato, sendo 17 só na segunda fase.
 
“O time joga num 4-3-3. No ataque, Milene, Adriana e Camila. Elas giram e fazem a loucura delas. Uma vai para a direita e outra para esquerda. Outra no meio, outra do lado. Nenhuma fica fixa”, conta Doroteia. O resultado da “loucura” é Milene como artilheira da competição, com 9 gols.
 
Os números da campanha (melhor defesa, segundo melhor ataque, melhor campanha e artilheira) “conspiram” para o bicampeonato. O retrospecto também. Em 2015, o Rio Preto eliminou os três rivais que ainda estão vivos na final: a Ferroviária na primeira fase, o Flamengo na segunda e o São José na final.
 
Mesmo com tudo isso, Doroteia, no melhor estilo interiorano, é prudente e descarta o favoritismo. “Futebol é uma coisa complicada. Se em um jogo um time vai bem. No outro não. Por isso, acho que não tem favorito. Não sou favorito. E não tem entre os quatro nenhum favorito. Quem errar menos, vai chegar”, aponta.
 
Artilheira e contratada são destaques
 
A auxiliar técnica do Rio Preto, que assume o papel de técnica em jogos fora de casa, prefere não destacar nenhuma jogadora do time. Só com alguma insistência da reportagem do Portal EBC, ela aponta para dois nomes: Milene e Adriana.
 
Milene (apontada como perigosíssima pelos adversários) fez nada menos do que nove gols no campeonato deste ano. Na partida contra a Ferroviária, no início da segunda fase, ela mostrou oportunismo e fez o três gols. “Ela tem se destacado na artilharia. Ela cresceu gradativamente junto com a equipe”, diz Doroteia.
 
Adriana, que já marcou seis gols no campeonato, fez jus ao apelido de Maga. A jogadora chegou ao clube como a principal contratação do ano. Dentro de campo, ela tem auxiliado na tarefa de confundir as adversárias.
 
Na hora de destacar um momento no campeonato, Doroteia prefere apontar uma fase inteira. “Para mim, o crescimento da equipe na segunda fase foi primordial. Na primeira fase, fomos a equipe que fez menos pontos entre as quatro semifinalistas. Por enquanto, não destaco nenhum jogo em especial. Mas se for falar, coloco a segunda fase toda”, conta.
 
Raio-X da campanha
 
10 Jogos – 7 Vitórias – 2 Empates – 1 Derrota – 24 gols pró – 7 contra
 
Artilheira: Milene (9 gols)
 
Como a equipe se vê:
 
“Não somos favoritas. Mantivemos o mesmo time do ano passado, com apenas um ou duas modificações. O nosso ataque se movimenta muito. A Milene, Adriana e Camila giram e fazem a loucura delas. A nossa defesa não brinca também. Mas de vez em quando as meninas [o time todo] nos matam de raiva”, Doroteia Inojo.
 
O que os adversários pensam:
 
“Tem meninas de bastante qualidade. Depois que conquistaram o brasileiro, parece que está dando tudo certo pra eles. A Milene, sobra pra ela, ela guarda. Tem uma chance e fez. O time vem numa crescente grande. Utilizam bastante as meninas. Tem muita qualidade no jogo 1 a 1, com velocidade. Tem a Milene e também a Jéssica que também está organizando a equipe. Jogo agudo. Pegam a bola e querem o gol. Não circulam muito. Acabam fazendo bastante a ligação direta”, Leonardo Mendes, Ferroviária.
 
“Tem uma atleta que me chama bastante a atenção, a Milene. Chama atenção não só porque e a artilheira da competição, mas por toda a movimentação que ela tem em campo, tranquilidade, habilidade... enfim, ela tem várias características que podem definir o jogo. Não vamos fazer uma marcação específica nela, por que aqui não trabalhamos assim, mas ela não pode ter espaço e nem tempo para respirar. Senão, pode resolver a partida. A equipe é uma equipe que temos que ter muito cuidado, senão eles podem decidir o jogo aqui em casa”, Emily Lima, São José.
 
“Atual Campeão, também eliminou a gente. É um time muito bom e que pegou a goleira da seleção [Bárbara] e isso tem fazendo a diferença. É um time que briga muito e não desiste. A característica desse time é brigar o tempo todo”, Ricardo Abrantes, Flamengo.  

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